A vida de um empreendedor é feita de planejamento, mas o acaso também pode ajudar, assim como na história do pediatra Ricardo Sayon, fundador da loja de brinquedos Rihappy.
Formado em medicina pela USP de Ribeirão Preto, Sayon se tornou pediatra e passou a trabalhar no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, em São Paulo, no final da década de 70.
Na época, exercia a função de pesquisador, dava aulas e ainda atendia pacientes. Mais tarde trabalhou na Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo e no Hospital Sabará, referência em pediatria, mas seria usar um pequeno imóvel próprio em uma galeria de São Paulo que mudaria completamente sua vida.
A Rihappy
Motivado pelo amor que desenvolveu por crianças ao longo dos anos na medicina, Sayon se juntou à esposa Juanita e ao sócio Roberto Saba para criar a Rihappy. O imóvel era alugado a um inquilino que deixou o espaço, mas para ocupar o espaço, Sayon pediu à esposa para se dedicar a vender alguns brinquedos no ponto comercial.
O começo foi difícil e causou prejuízo, inclusive a abertura das quatro primeiras unidades da Rihappy deram prejuízo. Foi nesse momento que decidiu largar a medicina para colocar os negócios nos trilhos. Achava que a empreitada duraria alguns meses, mas de lá para cá já se passaram 25 anos.
Durante o processo, Sayon até tentou devolver os brinquedos à fabricante Estrela, mas sem sucesso. Com a negativa, decidiu que esse seria o momento importante para se dedicar ao empreendimento.
Jornada empreendedora
Sayon sabia sobre medicina e crianças, mas não entendia muito sobre como ter um negócio. Foi aí que decidiu pesquisar, visitar concorrentes e encontrar a missão da empresa. Desta forma, acreditava que conseguiria desempenhar um bom trabalho e foi assim que fez ao conhecer o setor nacional e internacional de brinquedos.
O médico e empresário descobriu, durante sua jornada, que era fundamental investir em um atendimento personalizado e prestação de serviços. A jogada era simples: conversar com os clientes para entender as necessidades das crianças e oferecer brinquedos específicos para a faixa etária.
A evolução da Rihappy passou por reformas nas lojas físicas que foram transformadas em espaços lúdicos, coloridos e interativos, para chamar cada vez mais a atenção de crianças, além de serem pintadas de vermelho e amarelo, as primeiras cores reconhecidas pelos pequenos.
A venda
Desde sua criação, a empresa cresceu consideravelmente, chegando a quase 200 lojas pelo Brasil e faturamento de cerca de R$ 800 milhões por ano. Em 2012, a Rihappy foi vendida ao grupo de investimentos Carlyle, dono da PBKids, por cerca de R$ 600 milhões, motivando a saída de Sayon em 2014.
Ricardo Sayon
Desde a venda da Rihappy, Ricardo Sayon atua como palestrante e investidor, espalhando sua experiência e oferecendo conhecimento a diversos empreendedores ao redor do Brasil.
Fontes
https://www.suno.com.br/tudo-sobre/ricardo-sayon/
https://www.saudebusiness.com/mercado/como-o-pediatra-ricardo-sayon-criou-ri-happy
https://www.mixpalestras.com.br/palestrante/1840/ricardo-sayon-ri-happy